terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dias mais felizes, pra sempre?



Final de semana passado, a caminho de Pernambuco, olhando pela janela do carro, pra uma paisagem tão vasta, e matutando sobre a vida, fiquei feliz.
Aparentemente sem nenhum motivo, porque sim, a viagem ia ser legal (quando chegasse no destino), mais estar sentada em um carro por quase 3 horas e meia, com a bunda já quadrada, vendo árvores e cana de açúcar, não é bem lá tudo que eu queria.
Mas sim, eu estava feliz. E ao tentar encontrar um motivo pra isso, me dei conta do quanto as coisas no mundo se perderam. Por quê afinal, tem que ter um motivo pra felicidade? Me lembro de um dia, há algum tempo atrás, acho que com meus 9 anos, estava indo pra oficina do meu tio alguns primos, e puta merda, como eu odiava/odeio aquele lugar. Primeiro por conta de uma cachorra doida que toda vez que vê gente quer correr atrás, segundo por quê eu odeio cheiro de gasolina, e sujeira.


Mas enfim... eu estava indo, e quando a gente chegou lá, meu tio disse algo que não vou dizer aqui por vergonha alheia, mais que eu adorei e soltei um: “Hoje é o dia mais feliz da minha vida!”  Que foi logo seguido por uma bronca, por quê Lisa Gabriela, que presepada ficar tão feliz por uma besteira dessa.


Desde desse dia passei a tomar cuidado e procurar um bom motivo pra ficar assim “tão feliz”.
E vou te falar, quanta besteira e quanto tempo perdido. Por quê afinal, quantos dias mais felizes da minha vida, eu não já tive? Por besteira? Por nada? Sim, e daí?
E a pergunta que fica é, isso realmente importa?

Pra mim, não. É como a velha história da pessoa certa. O que a gente realmente precisa é da pessoa errada. Da coisa errada, sair do normal, parar de viver pelos outros. Fazer o que dá na teia, sem se preocupar com o que vão dizer, ou com que cara essa sociedade vai te olhar. 
Por quê as regras, não são necessárias. E não é revolta. Só não é justo.


E ei, você? Não espere que alguém te diga isso. Por que a verdade é que o bom é viver como se fosse o último dia, e amigos, isso não é mero clichê. Por quê um dia você vai a Pernambuco, está sentada em um carro vendo cana de açúcar, e puf. Acabou.
E se não tiver aquele velho sorriso, terá sido completamente em vão. Você não precisa de um namorado, não precisa de motivos. Você pode ficar esperando alguém te chamar pra dançar, ou ir conforme a música. A escolha, é só sua. 
Mas se quer um conselho, a pista é sempre mais legal.

E como diria Gabriel Garcia: “ A vida está nos olhos de quem saber ver.”

Um comentário:

  1. A felicidade que mais admiro é a felicidade que nos chega sem motivo. Aproveite-a quando ela aparecer para você novamente.

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