quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Velhas novidades

É... Eu sei que faz tempo que não apareço por aqui. E também sei que a culpa é exclusivamente minha mas é que faltou inspiração, cabeça, vontade. Acho que o que faltou mesmo foi muito de mim mesma esses dias. Mas eu não posso e não pude evitar.

A verdade –e nada melhor que começar com verdades- é que a minha vida mudou de repente, um desses giros de 180°. E dói admitir, mas eu me perdi dentro dele. Foi como andar de montanha russa: no meio da adrenalina eu me senti enjoada e com saudade da segurança que foi chutada com força quando decidi entrar na fila. E quando o ritmo já não parecia tão mal, fiquei de cabeça pra baixo. E gritei. Quis chorar e dizer que queria sair, mas não tive tempo.  E me sentir a pessoa mais complicada do mundo só por estar ali não foi suficiente pra fazer a tonteira passar. Acho que foi por isso que não quis descer. Deu medo... E tá dando até agora, pois sentada aqui na mesa, olhando pela janela de onde tudo já parece ter tomado forma, que ainda me pego achando que fiquei lá em cima. E talvez tenha ficado. E eu PRECISAVA E PRECISO me achar. Pra isso, andei fuçando a memória pra me situar novamente. E o resultado foi que por detrás das gargalhadas dadas, as lágrimas trouxeram à tona o banho de realidade.
 O fato é que sou uma pessoa extremamente difícil e já fiz muita porcaria sem pensar. Já bati o portão de casa, já implorei pra minha vida mudar, já joguei a cadeira, discuti muito feio com meu pai e mandei toda minha família tomar naquele lugar por não aceitarem um namoro que não me levou a lugar nenhum. Com a cadeira eu ferrei a parede, com os insultos consegui distância, fui uma rocha durante toda a briga e depois chorei por horas no chuveiro. E a vida mudou que eu nem vi.

Aqui e agora não quero nada, mais já quis muitas outras coisas que não aconteceram.  Eu sei, é complicado. As vezes acordo super sensível, em outros sou mal com todo mundo, e digo que estava naqueles dias. Dane-se, a vida é minha e posso ter quantas TPM’s quiser. Costumava acreditar em horóscopo até o dia em que ele me falou uma coisa que eu não gostei, e fiz a sorte de quem quer que fosse ser a minha. Me sinto mal até se outra pessoa rir pra mim e eu não retribuir, se acontecer algo com ela e a culpa for minha, se alguém ficar triste por minha causa. É, eu sou uma manteiga.
Costumava pedir desculpa ao mundo (mesmo que ironicamente) por que não conseguir ser de outro jeito. Agora peço por não ser de jeito nenhum, e acima de tudo não saber o que quero. E peço pra vocês também, que já devem ter percebido que ando escrevendo pra mim. Por que isso aqui, sou eu.

Então acho que chegou a hora de admitir que isso não aliviou minha culpa, e que o próximo post só vai existir quando eu voltar, ou me refazer, ou sei lá, por que verdade seja dita: se eu não tiver algo a dizer para mim própria não vou ter pra mais ninguém. Concordam? Então.
Sorte.