quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

2012


Hoje, perambulando por redes sociais alheias, me dei conta de quanto tempo já se passou. Mensagens de “o que foi 2011 pra mim” tomaram conta dos perfis, e eu me vi (como já é tão conveniente) perdida.
Sabe quando você está dormindo e te acordam gritando que já são 12:00? Ou então aquela sensação de: poxa, acabei de deitar e o dia já raiou? Então. Foi o que acabou de acontecer comigo, aqui e agora. Parece que foi ontem que conheci pessoas maravilhosas, senti o que nunca pensei que sentiria, enfrentei coisas que em meus planos jamais conheceria. Fui quem não fuiria. E como sempre, não amei na medida certa. Ninguém. Amei mais, amei demais. E em contrapartida -como se por pura ironia- não foi suficiente, por que o que recebi em troca... Superou todas as expectativas.

Lembro que no começo do ano passado escrevi um texto grande sobre 2010 e em meio às entrelinhas quis mostrar que apesar de decepcionar... Ensinou, surpreendeu, e valeu a pena.
Esse ano eu tenho grandes histórias, grandes aprendizagens, grandes burradas, grandes gargalhadas, grandes amigos (que se fizeram enormes irmãos)... Mas não consegui encontrar grandes palavras. Não dá pra resumir em 30 linhas (nem em mil) o significado disso pra mim. Nunca dará. Por que 2011 se tornou tão incrível que não consigo fazer jus a ele.
Ao romper dos fogos de 2010, eu senti esperança. Vontade. Eu quis com todas as minhas forças um começo. Agora eu sei que tudo será diferente: ao invés de esperança, sentirei tristeza. A vontade está se dissolvendo e o tempo parece estar alheio a isso. Verdade seja dita: estou com medo do fim.

As noites estão curtas, o sol apressou-se, e daqui a pouco já é amanhã. Eu penso na próxima linha enquanto o relógio continua girando. É estranha essa sensação de ter que deixar tudo pra trás, de ter que parar no que parece ser metade do caminho e desejar um feliz ano novo... De pensar que amanhã poderei olhar pra trás e não sentir carinho por rostos que hoje significam tanto.
Também é estranho sentir essa vontade louca de permanecer pra sempre dentro das pessoas, em um fio de pensamento que seja. De morrer de saudade do que ainda nem ficou pra trás.  E o mais difícil ainda: ter consciência de que vai ficar.
E ainda conseguir se sentir feliz no meio desse turbilhão! Pois todo mundo já tá cansado de saber que a vida é mesmo assim... Feita de complicações. Se nem as areias se firmam, nem os ventos se repetem... Se os ares sempre são novos, se um dia nunca é igual ao outro, se eu não sou como você... Como querer fazer exigências? Como não querer colocar um pé na frente do outro vivendo em um mundo que está em constante movimento? Como reclamar se não se sabe o que dizer? Como gritar, quando a voz não sai? Como ficar aqui sabendo que não há escolha, pois com ou sem mim a meia-noite vai chegar?
A resposta é simples: não tem como.

E o que resta é agradecer... Pois em um ano em que até as decepções foram felizes, chorar não é a melhor saída.
Então obrigado a todos que me fizeram ter certeza do que pedir quando for à hora. Que me fizeram querer morrer de rir quando eu queria chorar de dor. Que me deixaram ensinar, que acreditaram em mim, que me deram a mão e autorizaram a colocar a fenda. Que se descobriram junto comigo, e que me fizeram ter certeza de que só não há felicidade. Que me ensinaram que nunca é hora de parar, e que nunca se tem todas as respostas. Esse ano eu não aprendi nada sozinha, e assim as lições serão muito mais difíceis de esquecer. Foram vocês. É por vocês. Eu amo vocês amigos.



OBS: desculpem, não consigo parar de ser tão pessoal. :/

Um comentário:

  1. Obrigada vc amiga... Q 2012 faça valer a pena... Ñ só pra vc, mas pra tds q nos cercam... Bjusss... Me emocionei com o q vc fez... Vc eh especial...

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